Há coisas que não compreendo por mais que tente.

por Administrador MCP

O Duarte entrou este ano para o 1 ano e estava aprender a ler, a escrever, a fazer cálculos, etc. Uma aprendizagem que foi suspensa por segurança. Está desde Abril a ter aulas através da telescola e através da classroom.  Não chega, não é totalmente “rentável”, não era o que os pais queriam, não era o que as crianças queriam e não era certamente o que os professores queriam.

Para o Duarte não há retoma do ano, não há 3 período. Não haverá aulas, porque não é seguro. Agora pergunto – Não é seguro para uma criança de 7 anos, que compreenderia mais facilmente a obrigatoriedade da distância na sala, até o uso da máscara e a lavagem de mãos regularmente, mas é seguro para outras crianças regressarem ao infantário?

Como que é que o infantário vai impor 2m de distância entre cada criança e até da educadora?
O distanciamento entre crianças nas pausas e nos espaços de matérias didácticas é obrigatório, porque o material não deve ser partilhado de forma alguma.

Como se faz o distanciamento entre crianças nas pausas e espaços de refeição?
Como se gere a parte emocional das crianças? Como se diz a uma criança que não pode tocar, abraçar e nem chegar perto do amiguinho?
Como se faz na hora da sesta? Haverá 2 metros de distância entre cada uma? Se a criança sente vontade de ir ao WC e se levanta. Vai sozinha? Quantas pessoas serão necessárias para que nada falhe.

Será suficiente uma educadora e uma auxiliar para 15/20 crianças com estas contingências?

As crianças poderão utilizar os espaços exteriores? Imaginem o que é ter de limpar/desinfectar um simples escorrega, sempre que uma criança o usa, para que outra possa usar a seguir de forma segura.

E tinha muitas mais questões… Mas o que sei é que neste momento querem que um filho meu regresse a sua normalidade, mas impõem que o outro filho não regresse. Como assim? Como eu giro isto? Como é que eu me sinto e como é que se sentem todos os pais que neste momento têm de tomar decisões?

E os pais que quiserem ficar ou que estão “obrigados” a ficar com os filhos, poderão fazê-lo? Vão ter de pagar na mesmo os infantários mesmo que os filhos não frequentem?

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